quinta-feira, junho 28, 2012


MÁGICO É O 1º BRASILEIRO A EXECUTAR UM DOS GRANDES NÚMEROS DE DAVID COPPERFIELD

Mágico é o 1º brasileiro a executar um dos grandes números de David Copperfield
Mário Kamia é o primeiro brasileiro a sair de uma camisa de força a 30 metros de altura com as cordas em chamas.
Mágica? Ilusionismo? Ou apenas treinamento, muito treinamento? Em Mogi Mirim, no interior de São Paulo, um espetáculo vai deixar todo mundo na maior expectativa.
Mário Kamia já mostrou ser um mestre da mágica. Levou os truques para o mundo digital. Foi professor do ator Rodrigo Lombardi na novela “O Astro”. Agora ele está vestindo uma camisa de força, de cabeça para baixo, a 30 metros do chão e tem quatros minutos antes que as chamas cortem as cordas e o lancem em uma queda mortal.
Mário Kamia quer ser o primeiro brasileiro a executar um dos grandes números do ilusionista americano David Copperfield. Será que ele consegue? Para tudo dar certo, Kamia vira praticamente um homem-morcego. Fica de ponta-cabeça três horas por dia, duas vezes por semana, há um ano. “Faço isso para deixar o corpo acostumado, porque o sangue desce todo para a cabeça e a gente fica um pouco desorientado”, conta o ilusionista.
Em seu estúdio, na Zona Norte de São Paulo, ele mostra a camisa de força que vai usar no espetáculo. “Ela foi feita para a pessoa não escapar”, disse.
Kamia diz que não há truques de mágica nesse número. É um show de escapismo, uma técnica para se livrar de cadeados, correntes e camisas de força popularizada pelo ilusionista Harry Houdini no começo do século passado. “É só habilidade. Isso é movimentação do corpo, é tentar puxar o braço para o lado”, ensina Mario Kamia.
O número da camisa de força é um dos mais perigosos do escapismo. Requer alto nível técnico e sangue frio.
Passa pela cabeça do mágico o fato de ele, de repente, falar: ‘Gente, não deu. Vamos parar tudo aqui’? “Eu penso, mas eu evito pensar. Eu sinto medo e eu sempre tenho de conter esse medo. Eu me preparo para minimizar esse medo”, afirma o mágico.
No dia do show, o primeiro a chegar é o guindaste. A equipe de apoio monta toda a estrutura. Kamia treina o número pela última vez.
Faltando menos de meia hora para o show, Mario já está no local testando os equipamentos com toda a equipe dele. Em um determinado momento, o guindaste diante do mágico, como é que ele se sente? “Agora a adrenalina está a mil. O coração está disparado”, confessa.
Na hora do show, Mário Kamia já está preso ao guindaste. Um dos assistentes coloca fogo nas cordas. A partir de agora, o ilusionista tem quatro minutos para se desvencilhar da camisa de força.
O guindaste chega aos 30 metros de altura e Mário começa a lutar para soltar os braços. Ele já está com uma das mãos livre e abre a primeira fivela. A camisa de força parece estar presa na cabeça. Ele finalmente liberta os braços, mas tem pouco tempo agora para soltar os pés.
As cordas podem arrebentar a qualquer momento. Ele quase cai. Mário Kamia já está na corda de segurança. Ele conseguiu! É o primeiro brasileiro a sair de uma camisa de força a 30 metros de altura com as cordas em chamas.
“Muita dificuldade. Para me soltar, eu me enrosquei lá em cima. A camisa de força se enroscou. Quase que eu me enforquei lá em cima, mas no final deu tudo certo”, conta.
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MÁGICO MISTER M VOLTA À TV BRASILEIRA EM JUNHO.

                                             


Mister M, interpretado pelo mágico Val Valentino, vai aparecer na TV brasileira no dia 2 de junho, informou a coluna Zapping, do jornal Agora São Paulo desta quinta-feira (17). O ilusionista, que ficou famoso por desvendar truques dos mágicos no Fantástico, da TV Globo, gravou uma entrevista com João Gordo para o Legendários, da TV Record.

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quinta-feira, junho 07, 2012


A verdade sobre o mago Dedi

O mágico/mago Dedi é considerado por muitos como o Pai da mágica, já que ele é primeiro mágico a ser registrado na história. Porém, como toda boa história, há muito de lenda, muito de floreio e muito de má interpretação por trás de sua história. Este post tem por objetivo falar um pouco sobre esse personagem tão ilustremente desconhecido.

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Quem foi Dedi?

Dedi (também escrito Djedi ou Djedy) é o nome de um profeta e mágico de um conto do Antigo Egito,  registrado no período de Khufu conhecido como “Os Papiros de Westcar”, que registra 5 histórias de performances executadas por sacerdotes e mágicos egípcios. Segundo este documento, Dedi seria capaz de decapitar um pássaro e depois religar a sua cabeça ao corpo, trazendo-o de volta à vida. Ainda segundo a história, foi proposto que fizesse o mesmo com criminosos condenados. Dedi educamente recusou, usando a seguinte frase: “Certamente que não é permitido fazer tais coisas com o rebanho nobre“. Por rebanho nobre, Dedi se referia a humanidade.
Também é atribuído a Dedi rotinas com covilhetes (cups and balls), sendo até hoje divulgada uma imagem onde ele supostamente estaria executando essa rotina. Porém, existem alguns problemas na interpretação dessa figura:

 A imagem representaria não mágicos, mas sim padeiros em seu ofício. Ou seja, ao invés de covilhetes, o que se tem são pães sendo amassados;

● Essa imagem foi encontrada nas Tumbas de Beni Hassan. Essas tumbas foram criadas entre os séculos 20 e 17 antes de cristo. Os papiros de Westcar só apareceram entre os séculos 18 e 16 A.C. Por isso, é pouco provavel que os desenhos na tumba se refiram especificamente a Dedi;

 Quem executa essa rotina sabe que a fazê-la no chão não é ergonômico, tampouco prático;

 Por fim, estudiosos e historiadores da mágica creditam aos romanos a criação da mágica dos covilhetes, pelos acetebularii. Assim, seria impossível Dedi estar executando uam rotina que ainda não havia sido criada.

Suposta gravura de Dedi executando covilhetes. Na verdade a imagem trata de padeiros fazendo pão.

O que os Papiros de Westcar Contam Exatamente sobre Dedi?

Segue abaixo uma tradução do inglês da história de Dedi, retirada dos pergaminhos de Westcar. A tradução foi adaptada para clarificar alguns pontos obscuros e para uma melhor fluência na leitura, sem no entnato alterar a hsitória original.

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Seu nome é Dedi“, respondeu o príncipe Hordadef. “Ele é um homem velho, dizem ter 110 anos. Todos os dias ele come metade de um boi, cinco centos de fatias de pão, além de beber uma centena de jarros de cerveja. Ele é capaz de arrancar a cabeça de uma criatura viva e depois restaurá-la; ele é capaz de fazer um leão obedecê-lo; e ele conhece os segredos da morada do deus Toth, o qual Sua Majestade tem desejo de conhecer para que possa construir as cãmaras de sua pirâmide de acordo“.

Rei Khufu respondeu: “Vá e traga esse homem até mim, Hordadef

O príncipe desceu o Nilo, costeando as margens com um barco e navegou ao sul, até encontrar uma cidade chamada Dedsnefru, onde Dedi habitava. Ele seguiu pelo litoral, carregado em sua liteira até a casa do mágico, que estava sentado à soleira da porta de sua casa. Quando Dedi percebeu a comitiva, foi saudado pelo príncipe que lhe pediu que não levantasse, devido a sua grande idade. O príncipe disse: “Meu Real Pai deseja honrá-lo e dar uma tumba no meio de seu povo“.

Hordadef ajudou Dedi a se levantar e, tomando-o pleo braço, guiou-o até seu navio. Dedi navegou em companhia do príncipe, enquanto em outro navio seguiam os assistentes e os livros de mágica de Dedi.

Saúde e força e plenitude sejam teus“, disse Hordadef quando se prostrou perante seu pai real, o Rei Khufu. “Eu voltei, e trouxe comigo Dedi, o grande mágico.” O Rei se alegrou com a notícia e disse: “Tragam o homem até minha presença“.

Dedi veio e saudou o Rei, que disse: “Por que é que eu nunca vi você antes?

Ele foi designado para o chamado” respondeu o velho homem; “Você o enviou para mim, e aqui estou.

É dito“, Rei Khufu continuou “que você pode restaurar a cabeça que fora arrancada de uma criatura viva.

Certamente que eu posso, majestade” respondeu Dedi.

O Rei respondeu: “Então, chamem aqui um prisioneiro para ser decapitado.

Eu preferiria que não fosse um homem” disse Dedi; “Eu não faço isso com gado real, majestade

Então um pato foi trazido até Dedi que cortou a cabeça do pato fora, jogando a cabeça para a direita e o corpo para a esquerda. Dedi falou algumas palavras mágicas e então a cabeça e o corpo foram unidos e o pato e levantou e grasnou em alto som. O mesmo foi feito em seguida com um ganso.

Rei Khufu então insitiou que trouxessem uma vaca e que sua cabeça fosse cortada. Dedi restaurou o animal outra vez e além disso, fez com que ele o seguisse, ou seja, que pisasse exatamente nos mesmos lugares que ele pisava. Sua Majestade então, pediu a Dedi: “É dito ainda que você possui os segredos da morada do deus Thoth.

Ao que Dedi respondeu: “Eu não os possuo, mas onde eles estão guardados e que estão dentro de uma câmara em Heliópolis. Lá as plantas estão guardadas em uma caixa, mas não há ninguém digno, que consiga  trazê-los à Sua Majestade.

Não há mesmo ninguém que consiga essas plantas para mim?” perguntou o Rei.

Dedi então profetixou que três filhos nasceriam de Rud-dedit, esposa do sumo-sacerdote de Rá. O mais velho se tornaria sacerdote-chefe em Heliópolis e tomarai posse das plantas. Ele e seus irmãos um dia se sentariam sobre o reino todo e governariam sobre toda a terra.

(…)

O coração do Rei Khufu se encheu de tristeza e preocupação quando ouviu as palavras proféticas do grande mágico. Dedi então respondeu: “O que se passa em sua mente, Ó Rei? Seu filho rienará após você e então o Filho dele também. Mas o próximo irá cair“.

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E a história do pergaminho segue contando sobre os filhos de Rut-dedit

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Por todos os elementos apresetnados aqui, é possível que a história de Dedi não passe de uma lenda. Seja como for, a história se encarregou de nomear Dedi como o primeiro dos mágicos. Verdade ou lenda essa história continuará encantando muitos por muitas outras gerações.

E, talvez, essa seja a maior mágica de Dedi…

REFERÊNCIA

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